terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A importância dos mercados


Os antigos mercados Antônio Franco, datado de 1926, e Thalles Ferraz, inaugurado em 1949, foram recentemente revitalizados e recuperados conforme os projetos arquitetônicos originais e transformados em centro comercial e cultural, abrigando lojas de produtos artesanais e típicas da região, restaurantes e bares, reunindo em um só lugar culinária típica, tradição, artesanato, e história.
Ao longo do tempo, ele influenciou a cultura sergipana, cantado em músicas como "Mercado Thalles Ferraz”, do compositor Alcides. Junto com o novo Mercado Municipal Albano Franco, construído em anexo, o complexo constitui o mercado central, reunindo num só lugar história, tradição, artesanato, culinária típica e importante centro de abastecimento.
Estes mercados ficam ao lado da praça Hilton Lopes, onde são realizados grandes eventos na cidade de Aracaju - a exemplo do Forró Caju. A região se tornou um importante centro abastecimento comercial muito prestigiado pela população devido à diversidade de produtos que oferece. Grãos, hortaliças, frutas, peixes e frutos do mar em abundância enchemos os olhos de quem visita o local. Região, onde podem ser encontradas sandálias de couro, brinquedos, redes, vasos e esculturas de cerâmica, flores, animais, banhos de descarrego, violeiros, quituteiras, feirantes, e cordelistas convivendo em harmonia, é o local de trabalho de centenas de sergipanos, que fazem a história dos mercados de Aracaju em muitas cores e sons. Há no Mercado Thalles Ferraz riquezas não só culturais como obras de artesanato, música da terra e sotaque sergipano. Há nessa esfera pessoas físicas, com histórias ricas, com contextos que se hibridizam a toda a essência da natureza do conjunto de elementos que formam a identidade desse Comércio aracajuano. Essas pessoas, como Elizabeth Santos, se criaram no Thales Ferraz e acompanharam os processos construtivos justapondo-se a etapas.
Beth como é conhecida, mais do que tudo é o espelho do povo sergipano, ou melhor, daqueles que por mérito conseguiram ascender socialmente. Com apenas 27 anos, casada e com três filhos, ela já se tornou um ícone para todos que contribuíram para fincar as qualidades próprias desse Mercado de Aracaju.
  Isso acontece porque desde cedo Beth aprendeu a lidar com o comércio. Aos dez anos de idade estudava e trabalhava para ajudar seus pais numa barraquinha vendendo ervas. Aos poucos foi se desenvolvendo e ampliando seu negócio, e o que era um balcãozinho de ervas virou uma lojinha de ervas e artesanatos em geral. Seu destaque deve-se também ao fato de ela ser reconhecida pela sua bondade. Patrícia uma das profissionais da Loja de Beth, de 31 anos, iniciou no comércio vendendo rifa, até que a conheceu.
A união foi imediata. Segundo Patrícia, Beth é uma referência por ter um coração bom, “Beth é uma pessoa que faz bem sem olhar a quem. Ela é honesta e nunca humilhou ninguém. Minha irmã se casou e ela deu um fogão de presente, a minha outra irmã fez aniversário ela deu uma máquina de lavar”, diz com veemência. De acordo com sua mãe, dona Maria Lúcia Santos, Beth sempre foi uma menina esforçada, inteligente e nunca perdeu seu caminho. Elizabeth atualmente possui mais de três lojas no Mercado, a principal tem o nome de Casa de Taipa, as outras são menores, mas lucram e recebem tratamentos de limpeza iguais. Ela irrefutavelmente tem uma história de vida peculiar que certamente deverá ser retratada e contada em documentos do Patrimônio cultural de Aracaju.
Diante do exemplo exposto e das fundamentações teóricas do presente artigo é de fundamental importância ressaltar que os mercados centrais de Aracaju são berços da cultura popular e da identidade cultural dos sergipanos.







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